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Call me by your name

Sou, sem sombra de dúvida, uma amante de todas as formas de arte. 

Sempre me fascinou como alguém é capaz de escrever a letra de uma musica e dar-lhe melodia, escrever o roteiro de um filme ou simplesmente escrever páginas e páginas de uma mesma história transformando-a num livro.

Há anos atrás, costumava ir ao cinema todas as semanas, às vezes, mais que uma vez, consumia todos os filmes possíveis e imaginários.

Com tempo e a mudança normal da vida, fui deixando de lado alguns hábitos e me tornei uma fervorosa adepta do Netflix e de todas as possibilidades que a plataforma oferece.

Com isso deixei um pouco de estar sempre em cima do acontecimento no que diz respeito a cinema.

Dito isto, eu sei, estou a chegar bastante tarde à festa em relação ao Call me by your name. 

Comprei o livro devido ao hype todo mas ficou na estante por vários meses. Passou-se o Óscar e muito se falou sobre o filme.

Quando decidi pegar no livro não sabia o que esperar. Talvez esse tenha sido o segredo do impacto. 

Eu realmente não sabia muito sobre a história além do básico. Por isso mesmo, assim que comecei a leitura, comecei a me apaixonar por tudo sobre esta história.

Vamos por partes:

A primeira flecha no meu coração latino. A história passa-se em Itália, mais precisamente no Norte de Itália. 

Em Crema e Bergamo. Ora, é impossível não se apaixonar por qualquer coisa que envolva Itália. 

Nos primeiros capítulos eu já sabia que estes dois destinos entrariam para a minha Wishlist de viagens, certamente para o top 5 de lugares a visitar.

Italy! 

Logo a seguir, os personagens. Elio e Oliver são absolutamente deliciosos enquanto personagens. 

São complexos, cheios de dúvidas e certezas, inseguranças e desejos. Navegam pelo cenário de forma tão íntima que é possível imaginar-nos lá, à beira da piscina, trocando ideias sobre música e livros enquanto o sol italiano nos bronzeia. Pontos extras pela construção de personagens cultas e inteligentes. Não podia pedir muito mais.

E óbvio, o romance. Uma verdadeira história de amor entre duas pessoas que realmente se encontraram. É preciso ler o livro ou ver o filme para entender que está não é uma história de amor comum. É mais do que isso.

Oliver e Elio 


Assim que terminei o livro já sabia que tinha que ver o filme. Não tinha volta a dar. E foi aí que tudo o resto se encaixou e este passou a fazer parte daquele restrito número de filmes e livros que revisitarei vezes se conta. Por este é um daqueles filmes. Que nos toca. 

A cena abaixo de Elio com o seu pai é das cenas mais bonitas que vi nos últimos tempos. É, sem duvida, isto que precisamos incentivar nas gerações futuras. 

Cena mais comovente do filme. 


A banda sonoro é perfeita assim como a fotografia do filme. Tudo aquilo que a nossa imaginação cria quando lemos o livro não se desilude quando confrontada com o filme. É tudo ainda mais bonito. Faz tudo muito mais sentido.

Sem dúvida outro ponto forte é a vibe dos anos 80 que vemos nas roupas, imagens, referências pelo filme, tudo.





Com isto, recomendo que vejam o filme, leiam o livro e se são como eu, num instante estarão a pensar marcar as próximas férias para o Norte de Itália e enchendo o armário com t-shirts de banda dos anos 80 e roupas de linho para o Verão :)

2 comments:

  1. Adorei o post ❤ Fiquei cheia de vontade de ler o livro... e ver o filme 😊

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    1. Minha gêmea! Eu sei que vais gostar muito! ❤️

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