Fevereiro e Março voaram.
Literalmente foram meses que chegaram e foram embora sem que me desse conta.
Isso não é necessariamente mau. Detesto o cliché "não tenho tempo para nada". Luto contra ele todos os dias.
Só não temos tempo para aquilo que não nos interessa. E isso é válido para todos. O difícil é admitir para os outros que as nossas prioridades não passam por eles. O que também é válido. Não somos obrigados a nada. Uma das muitas maravilhas da maturidade. Fazer o que nos dá na real gana.
Toda essa introdução para dizer que sim, escrever não tem sido uma prioridade. Não por não ter nada para dizer. Pelo contrário. Há tanta coisa que tenho para compartilhar que temo pecar pelo excesso.
Os assuntos são mais que muitos. Há livros novos, passeios novos, ideias novas, projectos novos, desejos novos.
Coisas menos boas também. Os atentados na Europa. Que mundo é esse? Jovens que se explodem em nome de quem? Do quê?
Há séries para recomendar, tantos textos guardados, prontos para sempre partilhados. Há receitas, apps novas e úteis. Tecnologia é tudo nessa vida!
Não é também falta de organização. Está tudo organizado, em to-do lists, no email, no telefone.
Mas há tanta coisa lá fora que não consigo deixar para trás. Se há sol o meu corpo pede rua. Pede pessoas, esplanadas, novos sabores.
Se há chuva, o meu corpo pede aconchego.
A minha mente pede informação, pede consumo de conteúdo.
É querer tudo ao mesmo tempo. É gerir o tempo e fazer com que tudo se encaixe.
É viver.
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