Pages

Brexit, e agora?

O assunto é incontornável. A Grã-Bretanha decidiu democraticamente sair da UE. 

Era um resultado que eu esperava? Não! Mas sempre foi um resultado possível. Isto vem sendo discutido há anos e anos. Não é prorpriamente algo novo. 

Aliás, não me espanta nada esta opção. Não podemos esquecer que apesar de pertencer ao grupo, a Grã-Bretanha nunca colocou a possibilidade de aderir ao Euro (a moeda).

Sempre fizeram questão de manter a sua individualidade nesta era global. 

Se eu pudesse votar, votaria obviamente pela permanência. Mas há algo que muitos anos fora do meu país me ensinou. Respeitar a opnião alheia é fundamental para uma sociedade saudável. 

É óbvio também que esta votação foi baseada maioritariamente na questão imigração e que quase com toda a certeza muitos não entendem e nem procuraram entender a extensão das consequências do seu voto. 

Mas existem sempre dois lados da mesma história e é preciso entender que o desejo é de mudança e mesmo que o resultado vá contra aquilo  que acredito, sei que é preciso aceitar. 

Sei também que as mudanças não acontecerão de um dia para o outro. Há tempo para todos se adaptarem e se organizarem com está nova realidade. 

Também não acredito que os ingleses querem por todos para fora.

Este é um país que sempre recebeu muita gente de fora, sempre lhes deu trabalho, benefícios e muito mais. E continuará a dar. Será provavelmente um pouco mais difícil. Com mais regras. Talvez com mais organização. 

A verdade é que ninguém sabe o que vai acontecer. O momento é de incerteza mas também de mudança. E as mudanças muitas vezes são boas. 

Os imigrantes saem do conforto do seu país, da sua casa, para longe da sua família com a esperança de uma vida melhor.

 Acreditam que mudar será bom. 

O meu conselho é que mantenham essa esperança para os novos tempos que se aproximam. 

Magazines

A revista Blogosphere é uma publicação escrita por bloggers para bloggers e para toda a comunidade das redes sociais.



Está divididas em várias partes como beleza, moda, comida, viagens, lifestyle, fotografia, parentalidade e artes. No fundo é uma selecção do que há de melhor na blogosfera. 



Para além disso, tem entrevistas e vários artigos com dicas e reviews que podem agradar a todos. 



Para quem tem um blog, quer começar um blog ou apenas se interesse pelo assunto é quase como ter uma compilação de blogs em formato de revista. 

Já algum tempo que queria comprar a revista, inclusivamente queria a edição anterior porque a entrevista era com uma das minhas bloggers inglesas preferidas a Lilly Pebbles mas não consegui encontrar em lado nenhum. 

Mas finalmente a revista chegou cá em casa, no dia dos meus anos. 



É uma daquelas revistas para ter ao lado da cama, ir lendo aos poucos, assim como forma de inspiração ou mesmo só para dicas simples. 

O formato da revista também é perfeito, não é muito grande nem muito pequena, não é muito pesada e parece ser feita com material reciclado. 



Gostei bastante e valeu bem as £5 que paguei por ela. 

E vocês, quais as revistas que gostam de ler? Algum sugestão? 

Shake Shack

Se há coisa neste mundo que me faz sorrir é comer bem. O simples ritual de sair para almoçar/lanchar/jantar já me alegra. Sempre foi assim e sempre será! 

Outro ponto fraco serão os hamburgers com batatas fritas. Novamente, desde pequena, era o que me fazia feliz. 

O Shake Shack estava na minha lista há algum tempo. Ontem foi dia. 

Como sempre o tempo em Londres é bipolar e o dia começou mais ou menos, choveu durante a tarde e de repente fez sol. 

Mas passamos o dia em Covent Garden e foi delicioso. 









Eu como um pinto no lixo :) 


Eu não quero viver neste mundo, e tu?

Sinto que agora que a poeira começou a baixar, posso escrever sobre isto sem aquela revolta/raiva dos primeiros instantes logo após o ataque em Orlando.

Sinto que o ataque não foi a comunidade LGBT mas sim à humanidade. Assim como todos os outros ataques que têm acontecido um pouco por todo o planeta.

Deixamos de ser todos humanos para sermos brancos ou negros, gordos ou magros, gays ou héteros.

Todos os dias perdemos um pouco da humanidade que ainda nos resta e ao mesmo tempo que sei e sinto que há pessoas por aí a lutar contra toda está barbárie não posso deixar de sentir que não estamos a caminhar para lado nenhum.

Entre o ataque em Orlando, o casal morto em Paris, a menina violada no Rio de Janeiro por mais de 30 homens e o bispo americano que não teve qualquer problema em dizer que o lunático que atacou a discoteca em Orlando deveria ter matado mais pessoas, sinto que não evoluimos e conseguimos inclusivamente regredir nos princípios básicos que nos permitem viver em sociedade.

Não há respeito, não há tolerância, ninguém tenta se colocar no lugar do outro, não há compaixão e muito raramente há alguém disposto a ouvir is dois lados da mesma história.

Muitos podem dizer que é fácil apontar dedos sentada em frente ao computador, no recanto do lar e até concordo.

Mas a verdade é que toda e qualquer mudança começa indubitavelmente em nós próprios e enquanto as mais simples acções do dia a dia não forem reflectidas para que o meu espaço não interfira com o espaço do vizinho, de nada servirão manifestações na rua, abaixo assinados e posts com arco-íris no Facebook.

O que a humanidade precisa é de pôr a mão na consciência e entender que o mundo é de todos independentemente da sua cor, tamanho, nacionalidade e/ou género.

É difícil aceitar que vivemos num mundo onde tudo isto acontece e como cereja no topo do bolo existe a hipótese de Donald Trump se tornar Presidente dos EUA.

Eu não quero viver neste mundo, e tu?

35

Caramba. Como foi isso? Agora que estou aqui acho que passou rápido demais. Mas será que foi rápido mesmo? 

Olho para trás e sinto orgulho. Sim, orgulho. Sem falsas modéstias, sem mimimi. 

Já vivi em 3 países diferentes, em 4 cidades diferentes, em 2 continentes diferentes. Já trabalhei por mais de 10 anos na mesma empresa. Já cheguei a um cargo de chefia e já desisti dele. 

Já vi o meu país ser campeão do mundo de futebol 2 vezes.

Já fui a mais concertos do que aqueles que consigo lembrar e conheço quase todos os festivais de Verão de Portugal. 

Conheço os 2 Carnavais mais famosos do mundo. O de Veneza e o do Rio de Janeiro. Prefiro o do Rio é claro. Desfilar na avenida é uma das sensações mais loucas que existem. Um misto de realidade com ficção. 

Nunca parti nada, nunca fui operada, nunca sequer estive internada. 

Já fiz mais directas do que deveria e já gastei mais dinheiro do deveria. 

Já tive muitas dúvidas sobre muitos assuntos mas sempre fui uma pessoa positiva. Impaciente mas positiva. 

Não gosto de drama, não gosto auto comiseração, aparento ser uma pessoa dependente mas sou muito mais independente do podem imaginar. 

Aprendi a falar duas línguas além da minha língua materna. 

Já viajei mais vezes do que poderia imaginar, considerando que detesto voar. 

Ainda não escrevi um livro, não fiz um filho nem plantei uma árvore mas tenho muitos planos para o futuro. 

Nunca pensei que amadurecer fosse tão bom e tão libertador. Não tenho saudades de ser adolescente nem tão pouco das dúvidas de uma mente jovem. 

Gosto de saber que tenho alguma experiência de vida. Já passei por momentos menos bons mas consegui superá-los da melhor maneira que pude e sempre com a ajuda dos meus pais. Nunca é demais dizê-lo. 

Sou muito mais feliz aos 35 do que era aos 25. Tenho a vida que quero, a vida que escolhi e apesar de não estar fisicamente próxima de todos os meus, sei que eles estão por perto. 

Dou muito mais importância ao que não se compra, ao que não é palpável. 

Aprendi cedo que o tempo nem sempre joga a nosso favor e que dizer aquilo que sentimos é muito mais importante do que qualquer outra coisa. 

Sei bem o valor das coisas e sei bem que com trabalho se chega longe e isso é algo que só o tempo tem a capacidade de nos ensinar. 

Espero sempre muito dos outros e dou mais de mim do que talvez deveria mas também me orgulho de ser uma boa amiga. 

No fundo, sou feliz com a pessoa que me tornei, sou feliz porque sinto que sou eu, sou autêntica e fiel ao que acredito e ao que pretendo fazer. 

A idade nos dá uma das melhores sensações de sempre, que é a sensação de sabermos que quem importa somos nós e não os outros. E se querem mesmo saber, quem me dera ter aprendido isto muito mais cedo. 

E agora, antes que este meu discurso se torne o discurso de uma velhinha, vou só ali beber uns copos e mostrar que ainda estou pronta para a festa. 



Off shoulder

Não sigo tendências de moda. E porquê? A resposta é muito simples, a maioria delas simplesmente não tem nada a ver comigo, não se adequa nem ao meu corpo nem ao meu estilo. 

Mas isso não significa que não goste de saber o que está na moda nem tão pouco significa que de vez em quando não apareça uma tendência que me agrada e a qual posso vir a aderir. 

O que é bom quando se gosta de uma tendência é que facilmente encontramos o que queremos em várias lojas, vários modelos, várias cores e para vários preços. Às vezes o complicado é mesmo encontrar básicos. 

Nesta minha busca por um estilo mais clean, há espaço para uma ou outra tendência que isto não é uma ditadura. Acho que parte do processo é permitir-se de vez em quando fugir da regra.

E até não me posso queixar porque nos últimos anos, mais ou menos tudo o que gosto e que me assenta tem estado como se diz por ai "na moda".

Chegamos então ao motivo desta lenga lenga. A moda do off-shoulder. Não há loja nesta terra que não esteja com as montras repletas de modelos fofinhos com os ombros de fora. São para todos os gostos e feitios. É só escolher. 

Não é propriamente uma tendência que me favoreça, mas adoro. Acho que um ombro moreninho à mostra é para lá de sexy. 

Tenho visto muitos modelos por aí e até encontrei alguns com quais me identifico e que talvez até seja capaz de arriscar.

Estes dois modelos, mais descontraídos são os que mais gosto para dias quentes e encontros com os amigos.


Estes dois modelos mais clássicos, são lindos. Adoro de paixão o branco. Não fosse branco a minha cor de eleição.


Agora só falta o ombro moreninho. Ah e o calor. Porque este Verão britânico está meio bizarro. Muita chuva e frio! 

E vocês, qual a tendência que vos tem chamado a atenção?

Junho

O mês do meio. 

O meu mês. 

O melhor mês. 

Ele chegou rápido, como quem não quer assustar. 

Ele vem trazer o Verão, os dias longos, os festivais. 

Ele também vem trazer o balanço da primeira metade do ano. 

Ele vem trazer os Santos Populares e a eterna esperança que o Verão dure uma eternidade. 

Ele também vem acrescentar mais um ano à minha vida. 

Vem Junho que esta geminiana não gosta de esperar.