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A que custo?

"The True Cost" é um dos documentários mais impactantes que vi até hoje. 

Não sei nem por onde começar. A única coisa que se repete dentro da minha cabeça vezes sem conta é: está tudo errado. 

Se ainda não ouviram falar deste documentário, ele fala sobre o verdadeiro custo da nossa sede de consumo. Fala sobre a economia, sobre os mercados e sobre a exploração. 

Quem ganha? Quem perde? Seremos realmente felizes com tudo o que temos? Estamos a criar os nossos filhos com os valores certos? Tudo isso é muito questionável sempre mas isto não é novo, está aí todos os dias, na nossa frente. 

Foram tantas as perguntas que ecoaram na minha cabeça que ainda me sinto atordoada. Atordoada e culpada por fazer parte deste lote de jovens adultos que consomem de tudo um pouco sem pensar em como aquela peça chegou até nós. 

Pode até nem parecer muito importante, afinal o mundo tem que girar, a economia tem que mexer e cada um tem o seu lugar nesta pirâmide. Será mesmo? Estamos mesmo 100% cientes das consequências dos nossos atos?  

Há já algum tempo que penso sobre estas questões e como já partilhei por aqui tenho vindo aos poucos a tentar mudar a minha forma de consumo. 


O assunto é polêmico e meio controverso porque envolve muitos assuntos paralelos como acessibilidade e inclusão. As roupas sustentáveis são bastante mais caras e não chegamos ainda nesse patamar de igualdade na sociedade que vivemos. 

Há já há alguns meses que não compro nada na Zara. Depois dos escândalos relacionados com escravatura, não dá para ficar indiferente. Mas comprei há pouco tempo algumas coisas na H&M, da conscious collection. 

Fiquei surpreendida quando vi que a H&M é bastante massacrada no documentário por ser uma das marcas fast fashion que mais produz na Ásia. 

De qualquer forma, essa questão do consumo consciente é algo que ainda tenho q trabalhar muito em mim. 

Sempre gostei de moda, sempre gostei de comprar roupa, sapato, acessórios. Procuro cada vez mais me policiar quando o desejo de consumo é infantil ou desnecessário. Lá chegarei. 

E este documentário é uma chapada sem mãos. Uma realidade chocante, triste, assustadora, que mora mesmo ao nosso lado e pior, para a qual estamos a contribuir, todos os dias. 

Vejam e pensem. É preciso agir. Nem que seja pouco, é preciso começar por algum lado. 




2 comments:

  1. Nunca tinha ouvido falar deste documentário mas fique tão curiosa com a tua descrição que vou ter de ver. Obrigada pela partilha. :)

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  2. Vale a pena! Gostei muito e acho que vale a pena a discussão. Espero que goste :)

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