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FOMO

Fomo = Fear of missing out 

Estou completamente fascinada com este fenômeno. É algo que sempre existiu, eu sei. Mas quando descrito por psicólogos, analisado, instituído como algo real fico realmente fascinada.

Talvez o meu fascínio venha do facto de saber, do fundo do meu coração, que sofro de FOMO em várias circunstâncias.

Li algures que este fenômeno vem causando alguma polêmica questionando se isso será bom ou mau, qual a medida certa para este tipo de comportamento, é um distúrbio ou não.

Bom, vamos por partes, O FOMO é descrito como o medo de perder o que está a acontecer, gerando um tique de "clicar para actualizar". É dado o exemplo simples da pessoa que vai ao cinema mas tem que dar uma olhadinha no telemóvel só para saber o que se passa no mundo. Não consegue desconectar.

É aqui que a questão se impõe. Se não queremos saber de nada, somos desinteressados, desinformados ou ouvimos dos demais "como consegues não ligar nenhuma a internet?". Por outro lado se queremos saber tudo, estar sempre actualizada, ter conhecimento de tudo que acontece no mundo, estamos demasiado conectadas, não damos mais importância ao mundo real.

Parece um assunto batido, talvez até seja, mas para mim esta sigla é nova e ao mesmo tempo que sim, consigo ver o lado mau da coisa, apenas consigo pensar que se todos nós tivemos mais interesse por tudo o que nos rodeia, talvez o mundo fosse um bocadinho melhor.

Da minha parte sei que sofro de FOMO em vários assuntos. Sejam livros, viagens, eventos, cinema, restaurantes, pessoas, quanto mais eu souber, melhor para mim. Viver sem internet? Nem pensar. Não me parece razoável viver desconectada no mundo de hoje.

Penso que o limite está na forma como este fênomeno afecta a nossa vida no dia a dia. Se deixamos de ver as pessoas, se deixamos de conviver, se mudamos a nossa rotina em função disso. Se essa sensação nos deixa com uma sensação de angústia ou não. Até agora, me parece que existindo equilíbrio, auto-controle e bom senso, um bocadinho de FOMO não fará mal a ninguém.

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